quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Psicologia hospitalar


Psicologia Hospitalar é um ramo da Psicologia da Saúde ainda inexistente
 em vários países mas cada vez mais difundida no Brasil estando incluída no
 currículo das principais faculdades. [1]
Em alguns países o termo Psicologia Hospitalar é considerado inadequado 
porque pertence à lógica que toma como referência o local para determinar as
 áreas de atuação, e não prioritariamente às atividades desenvolvidas. Por isso 
esse termo é pouco citado e pouco usado em publicações científicas de outros países. [2].
Segundo a definição de Kern e Bornholdt (2004) e também de Chiattone (2000)[1],
 a atuação do psicólogo da saúde é principalmente na área hospitalar, mas também
 pode ser feita em campanhas de "promoção da saúde", educação em saúde mental
em pesquisas e aulas nasuniversidades por exemplo. Logo, todo psicólogo hospitalar é
 psicólogo da saúde mas nem todo psicólogo da saúde é hospitalar.

Histórico

Desde a década de 40 as políticas de saúde no Brasil são centradas no hospital seguem um modelo que prioriza as ações de saúde via atenção secundária (modelo clínico/assistencialista), e deixa em segundo plano as ações ligadas à saúde coletiva (modelo sanitarista). Nessa época, o hospital passa a ser o símbolo máximo de atendimento em saúde, ideia que, de alguma maneira, persiste até hoje. Muito provavelmente, essa é a razão pela qual, no Brasil, o trabalho da Psicologia no campo da saúde é denominado Psicologia Hospitalar, e, não, Psicologia da Saúde [3].
A Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar foi fundada em 1997 por 45 psicólogos com sede em Belo Horizonte com o objetivo de reunir, difundir as pesquisas na área, organizar melhor a profissão e definir suas atividades junto ao Conselho Federal de Psicologia. O título de especialista em psicologia hospitalar, foi regulamentado pela resolução 014/2000 do CFP.[4]
Para incentivar as pesquisas nesta área a SBPH, segundo seu site [3], tem um prêmio que é oferecido por ocasião da realização dos congressos.

[editar]Abordagens

As abordagens mais comuns na psicologia hospitalar são a psicologia cognitiva, a psicologia comportamental, a psicologia sistêmica e a psicanálise. Mas assim como em todas as outras áreas essas abordagens aparecem integradas sendo difícil diferencia-las na prática.

[editar]Atuação

O Psicólogo hospitalar atua geralmente segundo um modelo biopsicossocial que assim como a abordagem holística busca observar o indivíduo em todos sistemas com quem interage (familiar, social, biológico, psicológico...) simultaneamente e com inter-relações constantes entre elas. Mas também existem psicólogos mais voltados para a psicologia clínica atuando geralmente junto com a psiquiatria em hospitais psiquiátricos ou em centros especializados em aconselhamento.
É comum que o trabalho do psicólogo seja feito em associação com o Assistente social, principalmente em serviços cujo o objetivo seja o Acolhimento Psicossocial.
Segundo Queiroz e Araujo (2007)[5], o psicólogo hospitalar contribui para a equipe multidisciplinar de saúde participando ativamente da tomada de decisões, principalmente ao fornecer e solicitar mais informações e ao expandir discussões durante as reuniões de equipe. Essas atitudes ajudam a manter uma visão global do paciente e chamar atenção para outros pontos de vista. Suas contribuições são maiores quando os pacientes são acompanhados desde a chegada ao hospital e a equipe do hospital já tem padrões de comunicação bem estruturados para uma abordagem multidisciplinar adequada.

[editar]Atividades

Entre as atividades do psicólogo da Saúde definidas pelo Conselho Federal de Psicologia (2003a), o psicólogo hospitalar estão [1]:

[editar]Funções

Rodriguez-Marín (2003)[6] sintetiza as seis tarefas básicas do psicólogo que trabalha em hospital:
  • Função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital
  • Função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado
  • Função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente
  • Função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes
  • Função assistencial direta: atua diretamente com o paciente
  • Função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização.

domingo, 5 de agosto de 2012

Doenças Psicológicas


As doenças psicológicas podem afetar qualquer pessoa
As doenças psicológicas podem afetar qualquer pessoa
Pessoas que apresentam uma doença psicológica não costumam exibir manifestações físicas aparentes. Chamadas mais comumente de distúrbios, disfunções, transtornos ou perturbações, muitas doenças psicológicas conhecidas atualmente são atribuídas ao estilo de vida, cultura e sociedade em que a pessoa vive. Depressão e ansiedade são exemplos de doenças psicológicas comuns nas atuais sociedades industrializadas.
Nos serviços de saúde são utilizados como referência o Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) e a Classificação Internacional de Doenças (CID).
O DSM é um sistema de classificação que organiza cada diagnóstico psiquiátrico em cinco níveis, relacionando neles distúrbios, transtornos, perturbações e disfunções. Esse manual é seguido por todos os profissionais da área de saúde mental.
  • Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como problemas do desenvolvimento e aprendizado. Nesse eixo é comum incluir transtornos como depressão, ansiedade, distúrbio bipolar, TDAH e esquizofrenia;
  • Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental. No eixo II incluem-se transtornos como transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizoide, transtorno de personalidade antissocial e transtorno de personalidade narcisista;
  • Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas;
  • Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens;
  • Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo de 18 anos.
Assim como o DSM, a classificação das doenças psicológicas no CID também é seguida por profissionais de saúde mental.
1- Transtornos Mentais e do Comportamento
1.1- Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos;
1.2-  Transtornos mentais e comportamentais em decorrência do uso de substância psicoativa;
1.3-  Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes;
1.4- Transtornos do humor [afetivos];
1.5- Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes;
1.6-  Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos;
1.7-  Distorções da personalidade e do comportamento adulto;
1.8-  Retardo mental;
1.9-  Transtornos do desenvolvimento psicológico;
1.10- Transtorno do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência;
1.11- Transtorno mental não especificado.
Na seção Doenças Psicológicas você terá acesso a artigos relacionados a transtornos e perturbações mentais que afetam as pessoas nas sociedades atuais. São artigos que informam sobre as causas, sintomas e tratamento dessas doenças.